quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Crônica

Fugi da casa dela e pulei a janela
Corri na viela atravessei passarela
E fui parar, eu fui
na Avenida Ceará
Da Boca do Monte, perto do Ermo, passando a montanha
Dobrando a esquina, pacote de bala e de naftalina
O ponta direita driblando o cachorro na boca do morro
Eu pedindo socorro pro dono do bar, pra moça da venda
Que vem me ajudar a me levantar, cuidado o declive
A pista tá livre, deu sorte essa vez, já morreram três
A perna tá bamba, cabeça doendo, joelho ralado, coração partido
Eu todo enrolado, mulher sem marido, mas domingo é hoje e tem futebol

3 comentários:

Lara plena de saudade disse...

Rafinha, eu hoje não durmo mais, eu acho. E eu fui olhando as coisas da internet - você sabe como é, uma coisa leva à outra - e eu acho que nessa madrugada reli 90% do blog (do meu) e dos comentários (nossos) e me deu uma saudade gigantesca de você.. rss... Mas o que eu queria comentar aqui é que eu acho que vc bebeu do Chico. =)
Beijo.
PS.: Tem um quê de samba.

Lara, ainda disse...

Ah, sim. Eu gostei demais da frase da esquina da bala e da naftalina. Não sei se gosto de naftalina de verdade, do cheiro dela. Mas o nome é divertida.

Lara III disse...

Falando em já morreram três. Você acredita que outro dia eu sofri um acidente? Um carro de uma mulher meio alterada atropelou o meu ônibus. Entre salvos e desiludidos, eu levei um big tombo na batida e arrebentei meu joelho. =/
Mas tá tudo ótimo. =]